quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Campus da Fiocruz em Fortaleza recebe certificado Aqua na fase programa




O empreendimento terá usinas de energia eólica para alimentar parte do consumo de eletricidade nas áreas externas do campus

O projeto do campus da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) em Fortaleza, que abrigará as atividades de ensino de pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) e pesquisas de caráter social e biomédico, recebe, na fase programa, a certificação Processo Aqua (Alta Qualidade Ambiental), chancela internacional da construção sustentável baseada no processo francês Démarche HQE (Haute Qualité Environmentale).

O complexo educacional e de pesquisa utilizou o sistema construtivo de concreto moldado in loco e foi concebido dentro de conceitos de sustentabilidade, que incluem, por exemplo, a gestão da água, de energia e de resíduos.

Entre as soluções a serem adotadas está implantação de usinas de energia eólica, para alimentar parte do consumo elétrico das áreas externas do campus; o uso de águas não potáveis (de chuva e esgoto tratado) nos vasos sanitários, mictórios e irrigação; a utilização de brises nas fachadas de vidro, para reduzir a carga térmica dos edifícios e diminuir o uso do ar condicionado; e a implantação de depósitos para a coleta seletiva dos resíduos recicláveis e não recicláveis.

Um dos prédios campus será exclusivo para pesquisas em laboratório e alguns deles com risco biológico de nível três – ambientes que requerem cuidados específicos em relação à filtragem e exaustão de ar. Para isso, a renovação de ar será garantida pelo sistema de ventilação das edificações.

O empreendimento terá um sistema de automação predial, para controle e monitoramento da climatização, irrigação, geradores, iluminação, elevadores, incêndio e detecção de vazamento de GLP nas edificações.

Segundo o coordenador executivo do Processo Aqua, Manuel Reis Martins, “características importantes do empreendimento e da Fiocruz contribuíram para que o perfil mínimo de desempenho ambiental necessário para a certificação fosse superado, como a coerência das diretrizes de projeto do manual da Fiocruz; a definição precisa das etapas do empreendimento; a verificação, antes do início da obra, de todos os projetos executivos pela equipe de coordenação; a realização de estudos preliminares para direcionamento adequado do projeto, como o ensaio de capacidade de absorção do solo para validar a solução de infiltração por valas, entre outros”.

O projeto é fruto de uma parceria entre a Fiocruz e a empresa de arquitetura e engenharia cearense Architectus. Sendo o plano diretor e o projeto conceitual desenvolvidos pela fundação e as etapas de anteprojeto e projeto executivo desenvolvidas pelo escritório de arquitetura. A construção teve início em janeiro de 2013 e a conclusão está prevista para dezembro de 2014, no município de Eusébio, localizado na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

A consultoria de sustentabilidade no projeto foi desenvolvida pela Architectus com a empresa CTE (Centro de Tecnologia de Edificações) e em parceria com a equipe de arquitetos da Fiocruz.

Soluções de sustentabilidade Campus Fiocruz em Fortaleza

Recuperação das áreas de preservação existentes nas proximidades do terreno.
Presença de ciclovia e de bicicletários para os usuários das edificações.
Especificação de coberturas verdes em algumas das edificações.
Presença de serviços para os usuários (correio, banco, livraria, lanchonete etc).
Preferência pela utilização de materiais fabricados a menos de 300 km da obra.

Gestão da água

Utilização de dispositivos economizadores: vasos sanitários com caixa acoplada e acionamento dual flush, torneiras e mictórios com fechamento automático etc.
Tratamento das águas cinzas e negras (esgoto).
Utilização de águas não potáveis (água de chuva e esgoto tratado) nos vasos sanitários, mictórios e irrigação.
Especificação de espécies nativas ou adaptas ao clima, que consomem menor quantidade de água.
Sistema de irrigação eficiente considerando as demandas das espécies de vegetação especificadas.
Implantação de sistema de irrigação eficiente que utiliza água não potável.
Infiltração das águas de chuva no solo através de valas drenantes.

Gestão de energia

Geração de energia eólica, por meio da implantação de usinas que alimentarão parte do consumo elétrico das áreas externas do campus.
Energia eólica, geração de energia eólica, por meio da implantação de usinas que alimentaram o consumo de eletricidade das áreas externas do campus.
Simulação computacional para avaliar a eficiência energética dos edifícios.
Sistema de ar condicionado com alta eficiência.
Sistema de ar condicionado que utiliza gases refrigerantes com baixo impacto a camada de ozônio.
Instalação de sistema de automação predial para controle e monitoramento dos sistemas das edificações, incluindo climatização, irrigação, geradores, iluminação, elevadores, incêndio e detecção de vazamento de GLP.
Utilização de lâmpadas LED nas áreas externas do empreendimento.
Fachadas de vidro para proporcionar a entrada de luz, reduzindo o consumo de energia do sistema iluminação.
Presença de brises nas fachadas de vidros, para minimizar o aumento da carga térmica dos edifícios e diminuir o uso do ar condicionado.
Utilização de vidros com baixo fator solar.
Especificação de cores claras nas fachadas.

Gestão de Resíduos

Implantação de depósitos para a coleta seletiva de resíduos recicláveis e não recicláveis
Plano de gestão de resíduos sólidos para orientar funcionários, visitantes e a equipe de manutenção das edificações.

http://blogs.diariodonordeste.com.br...fase-programa/

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