Seguramente a maioria da população do Crato é contra a retirada do Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcanti e defende a ideia de que os investimentos a serem feitos na construção de outro, em outra área, sejam aplicados na modernização e revitalização no próprio local de 33 hectares com a introdução de novos equipamentos e se possível com utilização multiuso que possibilite atividades agropecuárias, educativas, sociais, culturais e de lazer. Adaptando o parque com a construção de auditórios, restaurantes, pista de Cooper, laboratórios, arena de shows, estacionamento, vila olímpica e no seu entorno a requalificação com a abertura de novos acessos para os Bairros Ossian Araripe, Pimenta, Granjeiro, Lameiro, Belmonte, Pantanal, Mutirão, Parque Grangeiro, Sossego, Zacarias Gonçalves, Casas Populares, Centro, Vila Lobo e São Miguel com ligação direta com Juazeiro do Norte e Barbalha.
A reconstrução do Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcanti acabaria com os seus aspectos negativos que são a falta de acessibilidade, estacionamento precário, poluição sonora, má distribuição dos espaços pela falta de ordenamento, além de evitar a perda de identidade da tradição, 56 anos no mesmo local onde 70 % dos cratenses não precisam de transportes para chegar até as festas ali realizadas o ano inteiro e que movimentam todo o comercio periférico da cidade.
O prefeito Samuel Araripe é contra a retirada do parque e inspirado no anseio da população, construiu um projeto de reconstrução do parque e mostrou em data show para algumas lideranças políticas do município e representantes de entidades de classe e clubes de serviços. Na ocasião Samuel disse que se for preciso o município arcará com as despesas de possíveis desapropriações de áreas aos arredores do parque para que ele permaneça no local onde está. No final da reunião que ocorreu na prefeitura o prefeito sugeriu a formação de uma comissão para ir até ao governador do estado, Cid Gomes e convencê-lo da não retirada do parque e investir na reconstrução de um parque modelo no mesmo local.
O prefeito Samuel Araripe recebeu o apoio do arquiteto e urbanista, Wilton Morais que defende a ideia da permanência do parque e classificou como mentira o argumento de que no local não há mais espaços para a realização da EXPOCRATO e que para ele o que falta é gestão. O deputado estadual Sineval Roque, representado por seu assessor, Rafael Evangelista, foi mais comedido e defende a construção de um novo parque para a EXPOCRATO seja no mesmo local ou não. O presidente da Associação Comercial, Marcos Parente também é de acordo com a modernização e requalificação do parque. O ex-prefeito do Crato e agropecuarista expositor, Ariovaldo Carvalho é também totalmente contra a ideia e disse que o parque precisa ser reorganizado, aproveitando todos os seus espaços.
Para o presidente do grupo gestor da EXPOCRATO, Francisco Moura Leitão os investimentos propostos na requalificação e modernização do parque com sua permanência no mesmo local, não são compensatórios e defende a construção de um novo parque, deixando os 33 hectares a disposição da Universidade Regional do Cariri ou até para a implantação de uma Universidade Federal. Outro ponto positivo apontado por Leitão com a retirada do parque é a abertura de novos horizontes para o crescimento urbanístico da cidade e disse que a melhor área é um terreno de propriedade do agropecuarista Ricardo Macedo de Biscussia nas proximidades da localidade conhecida por Palmeiral e que fica no perímetro urbano, sem prejuízo pra ninguém.
FONTE:MISERIA
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