38 prefeitos dos 44 municípios da macrorregião do Cariri conheceram e ficaram sabendo na manhã desta segunda-feira, 30, como funciona o HRC. Os prefeitos, além de secretários municipais de saúde e coordenadores das cinco regionais que integram a macro, participaram do 1º Encontro do Hospital Regional do Cariri, realizado pela Secretaria da Saúde do Estado.
O perfil do primeiro hospital de alta complexidade construído pelo governo do estado no interior foi apresentado pelo secretário da saúde, Arruda Bastos, que num debate direto tirou dúvidas e anunciou novidades para a região. Entre elas, que 39 ambulâncias já estão sendo liberadas pelo Ministério da Saúde para a instalação do SAMU Cariri. A sede será em Juazeiro do Norte, com bases de atendimento em vários municípios da macrorregião do Cariri.
Regulação
Ao mesmo tempo em que definia e deixava claro o perfil terciário do hospital, o 1º Encontro do Hospital Regional do Cariri cumpriu o objetivo de disseminar a obrigatoriedade de regular todos os pacientes encaminhados. A coordenadora de Regulação, Avaliação e Controle da Sesa, Lilian Beltrão, presente ao encontro, foi enfática ao afirmar que “com o HRC vamos aperfeiçoar a regulação do SUS, contribuindo para reduzir as demandas reprimidas de muitos anos”.
Profissionais
“Posso garantir que não faltam profissionais no hospital. Estamos com 107 médicos contratados. Desse total, 23 são cirurgiões, 5 endoscopistas, 12 ortopedistas, 6 anestesistas”, informou Arruda Bastos. Afirmou ainda: “posso garantir que seis anestesistas contratados não é pouco porque tem hospital na capital que funciona sem nenhum anestesista contratado, que fica totalmente dependente de cooperativa”. Ele lembrou que o HRC começou a funcionar no último dia 23, com os serviços de atendimento pré-cirúrgico, ultrassonografia e exames laboratoriais e no dia seguinte, 24, iniciou a realização de endoscopia. Até o final desta semana um novo serviço será agregado à rotina do hospital: ressonância magnética. Até agora esse exame, de alta complexidade e elevada tecnologia, nunca foi feito na rede pública do interior, apenas no Hospital Geral de Fortaleza, na capital.
Fundo
Fundo
O Fundo Estadual de Atenção Secundária à Saúde, criado pelo governo do Estado para manutenção dos serviços de saúde de média complexidade em atendimentos móveis de urgência e emergência e ainda de odontologia especializada e de rede ambulatorial especializada, também foi discutido no encontro.
O prefeito de Araripe e vice-presidente da Aprece, Germano Correia, perguntou sobre a aplicação dos recursos do fundo, que já está sendo constituído por 15% dos recursos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) gerados nos municípios e também por recursos depositados pelo governo do Estado, correspondente a 2/3 do valor total do fundo.
“Os recursos estão guardados a sete chaves e serão utilizados exclusivamente para a finalidade com que o fundo foi criado. Ou seja, para ajudar na mautenção das policlínicas regionais, CEOs regionais, UPAs, SAMU”, afirmou Arruda Bastos. Ele esclareceu que o fundo não tem nada a ver com o HRC: “o fundo é para a média complexidade e o hospital é de alta complexidade”.
História
O coordenador das Regionais de Saúde, Pilicarpo Barbosa, destacou a importância histórica do encontro, com a participação da grande quantidade de gestores na construção de uma rede de saúde mais resolutiva: “estamos vivendo a construção de uma rede com acesso a serviços e especialidades que até então os pacientes só tinham a 600 quilômetros de casa, na capital”. Além do Cariri, a população da região Norte terá até o final deste ano também assistência terciária perto de casa, com a conclusão das obras do Hospital Regional em Sobral. A população dos Inhamuns será a próxima a ter assistência de alta complexidade na região, com a construção do hospital regional definida em votação para ser em Quixeramobim.
Fonte: SESA
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