domingo, 26 de junho de 2011

Polo avança em tecnologia



Novas tecnologias e acompanhamento das tendências deram novo rumo às indústrias calçadistas locais
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Indústria de calçados de Juazeiro é uma das mais representativas do País. Com 3ª posição no ranking nacional, passa por novas expansões
FOTOS: ELIZÂNGELA SANTOS

Juazeiro do Norte Um setor econômico que se tornou um dos mais completos na área calçadista do País. A cadeia de empreendedores coloca essa indústria no patamar de terceiro polo nacional e tem um grande evento de vitrine na região, que é a Feira de Tecnologia e Calçados do Ceará (Fetecc), que este ano está na sua XI edição. Nos últimos 10 anos, grande parte das indústrias de calçados saiu das invisíveis fábricas de fundo de quintal para se firmarem no campo da formalidade. O mercado tomou outro perfil. São mais de 300 empresas da cadeia produtiva do calçado, envolvendo desde grandes, médios e pequenos empresários.

Mesmo nos anos de crise para venda de calçados no mercado internacional, os empresários locais ousam e vão até a China para conhecer o processo de fabricação daquele país e as novas tecnologias dos asiáticos. Os chineses também virão a Juazeiro no segundo semestre, trazendo sua técnica, para a feira de tecnologia, em agosto. Serão empresas de Taiwan expondo o seu potencial para os donos de fábricas de calçados do Juazeiro do Norte e Cariri.

Entre os setores que mais emprega, a indústria de transformação do calçado toma um novo rumo no processo de desenvolvimento. E só foi acompanhar os principais meios de produção com as novas tendências do mercado, que Juazeiro deslanchou. São 16 mil empregos gerados pelo setor calçadista, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados e Vestuários (Sindindústria), Antônio Mendonça.

Para o presidente da entidade, que congrega quase 100 filiados, a feira retorna com uma visão de crescimento. "A Fetecc é um ícone muito importante na sustentabilidade do polo calçadista do Cariri", afirmou Mendonça. A feira deixou de ser realizada por dois anos, por falta de estrutura e espaço adequados. O único espaço destinado terá que ser complementado com galpões improvisados. O público, em três dias de evento, é de pelo menos 5 mil pessoas. A feira movimentará, segundo o sindicato, em uma semana, cerca de R$ 10 milhões.

Geração de emprego
Para o diretor da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) no Cariri, Marco Tavares, o setor de calçados representa a criação de emprego e geração de renda para a cidade, além de uma locomotiva de empregabilidade na região do Cariri. Ele destaca como um dos setores que mais emprega do Município de Juazeiro.

Mesmo sendo um setor forte, conforme o diretor, ele ressalta a presença de outras áreas em ascensão na indústria, como a do alumínio. A economia local, para ele, envolve diversos setores. "A cidade está nesse ritmo de crescimento acelerado, não só devido ao setor calçadista, mas outros que, sincronizados, dão um impulso para a região muito forte", diz.

Para Marcos Tavares, não é só um setor em crescimento, mas a expansão da cidade é uma sequência de fatos, que faz com que aumente bem mais. Ele destaca dentro desses novos rumos da economia o segmento de confecções.

A Fetecc veio mostrar aos pequenos fabricantes da região as novas tecnologias e a matéria-prima para aprimorar e abastecer o mercado local. Segundo Marcos, a feira é um divisor de águas, mostrando o caminho do crescimento e desenvolvimento, com novas tecnologias. "O setor tem muito a avançar em outros produtos, porque o mercado fica cada vez mais competitivo", afirma.

Os novos desafios na economia local e o incentivo na criação de novo polo industrial podem dar rumo diferenciado ao setor. Isso, só o tempo poderá dizer. E com a pressa e as mudanças impostas pela dinâmica do mercado local. (E.S.)

MAIS INFORMAÇÕESSindindústriaAv. Leão Sampaio, 839 - km 01
Triângulo - Juazeiro do Norte (CE)
Telefone: (88) 3571.2010

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