sábado, 10 de setembro de 2011

Leitos da UTI já estão lotados no Hospital Regional do Cariri



Em quinze dias de funcionamento, o setor de emergência e urgência do HRC já registra alto número de pacientes

 

 

10/09/2011 - 05:27
Juazeiro do Norte.

O Hospital Regional do Cariri (HRC) atinge a marca de mais de três mil atendimentos no setor de urgência e emergência, desde que foi aberto no dia 22 de agosto. A média é de 250 procedimentos por dia, com uma equipe de 12 médicos que se revezam a cada 8 horas, com quatro especialistas. O setor tem funcionado com os atendimentos por Classificação de Risco, o Protocolo Manchester, introduzido pela primeira vez na região. Os 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), direcionados ao pronto atendimento, já funcionam com todos os leitos ocupados.

A população ainda vem se adaptando ao novo método, conforme a direção do hospital. Mesmo não tendo um grande impacto em hospitais da Capital, com o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e o Instituto Dr. José Frota (IJF), tem sido grande a demanda regional direcionada ao novo equipamento de saúde no Cariri.

A diretora do Hospital, Demostênia Coelho, define o perfil do paciente do Cariri como aberto, já que tem recebido toas as pessoas, na área de pronto-atendimento, principalmente no que diz respeito ao encaminhamentos que antes eram feitos para a capital, e que agora são atendidos na região.

O diretor do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), Henrique Javi, responsável pela gestão do HRC, diz que o sistema tem a finalidade de suprir a demanda da Capital, a partir do momento que toda a rede de saúde planejada esteja realmente toda montada no Estado, e que Fortaleza começará a sentir o reflexo disso. O Cariri é a macrorregional mais distante da Capital, e mesmo assim o serviço de saúde da região já cobria muitos atendimentos, por conta dos hospitais de referência já existentes em Barbalha, em Crato, e também em Juazeiro do Norte. "Por essa distância, a própria Capital sente menos essa ação, principalmente de pacientes graves, porque a região continua suprindo essa necessidade", explica ele.

O gestor diz que na medida em que o hospital for se consolidando, vai dar suporte aos atendimentos eletivos, principalmente de traumas. Atualmente, segundo ele, a atenção está muito focada na urgência e emergência, mas na medida em que esses procedimentos forem todos implementados, haverá uma melhoria significativa para o paciente que precisa de uma cirurgia eletiva. Um dos serviços será na área de traumato-ortopedia de alta complexidade, que ainda não foi concretizado. Alguns equipamentos do setor ainda estão sendo montados.

Henrique Javi destaca a forma de atendimento que vem sendo feita com a classificação de risco, com as prioridades de atenção. "Esse é um efeito que acaba percebendo, onde os pacientes mais graves entram e os menos graves aguardam", explica. O hospital atende as microrregionais das cidades de Brejo Santo, Juazeiro do Norte, Crato, Iguatu e Icó.

Outros Estados

Ainda são poucos os atendimentos de outros Estados. De acordo com Demostênia, ocorreu apenas um caso isolado de um paciente que estava em casa de familiares no Juazeiro. O usuário chegou a ser atendido no local, mas diferente da demanda que se esperava do maior número de pacientes de Estados como Paraíba, Piauí e até Pernambuco. "O que tem vindo de fato são os pacientes da nossa referência, incluindo as cinco micros", afirma. Nos finais de semana, a maior parte dos atendimentos tem sido de acidentados de motos.

A diretora afirma que tem solicitado dos prefeitos e secretários que os atendimentos que podem ser feitos nos Municípios não sejam direcionados ao hospital. Henrique Javi avalia que a média de atendimento tem sido muito boa, e esse é um bom começo, depois de duas semanas de funcionamento desses setores. Ontem, familiares aguardavam notícias de pacientes na entrada da emergência do hospital e criticavam o que eles chamavam de descaso, pela falta de informação. Uma delas era a esteticista Ivoneide Maria de Medeiros. Ele afirma que o seu irmão sofreu um acidente em uma cidade próxima, mas os procedimentos demoraram muito para acontecer, para realmente saber a situação do seu irmão.

A usuária Soraia Helena Silvino elogia o atendimento no HRC, já que por duas vezes teve que levar seu irmão ao local, vítima de convulsões. "Não tenho o que dizer, porque houve uma atendimento rápido e agora ele se encontra internado e foi bem tratado", diz.

Outros procedimentos relacionados a casos voltados para a neurocirurgia são encaminhados para o Hospital Santo Antônio, em Barbalha, que é referenciado na região.



Canal: Regional
Publicada em: 10/09/2011
Fonte: DN

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